quarta-feira, 4 de março de 2009

Por trás dos olhos que se fecharam lentamente

Os olhos vão-se fechando lentamente... ao sabor da dor... do sono... do peso dos anos. E encerram dentro de si todos os tesouros.
Os tesouros de uma vida vivida a várias vidas.
Os olhos que se fecham lentamente sabem que por trás deles está um tempo de sonhos... onde alegrias e tristezas; sorrisos, risos e lágrimas; contorcionismos e alongamentos; rugas e espasmos; amor, paixão e dor se misturam invarialvelmente... sem pedirem licença a ninguém. Misturam-se, baralham-se e deambulam por trás dos olhos que se fecharam lentamente... e abrem o espaço ao sonho no seu estado mais puro e intimista.
...aqueles sonhos que não pertencem a mais ninguém, mas carregam na bagagem um Mundo inteiro... que roda numa velocidade desequilibrante por trás dos olhos que se foram fechando lentamente.
E é por isto, e um outro tanto, que muitos destes olhos que se vão fechando lentamente escolhem nunca mais voltar a abrir...

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