segunda-feira, 14 de julho de 2014

Empurrões

Isso, empurrem-me! E agora pontapeteiem-me os rins.
E eu, com um fio de sangue a escorrer-me pelo canto da boca, os olhos raiados, levanto-me.
E falo.
E pavoneio-me como sempre. De cabeça erguida!!!
Vá, voltem a empurrar-me. A partir-me a alma em mil pedaços.
Que eu volto a levantar-me, a endireitar-me e a juntar os pedaços.
Sempre de cabeça erguida. Sempre a olhar em frete... nos olhos.