quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

De tanto de te amar

De tanto te amar terei de te deixar partir, ganhares asas e fortalecê-las.
Por ti. E também por mim.
Mas acima de tudo, por nós e pelo que temos construído nesta vida.
Um amor como este não se encontra assim, à balda, numa esquina qualquer.
Um amor como este é pela vida inteira.
Mesmo quando tropeçamos uma na outra.
Mesmo quando batemos de frente. E saimos as duas inevitavelmente feridas.
Para logo de seguida nos abraçarmos. E assim permanecermos... minha companheira.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Apetece-me... tanto!

Apetece-me tanto... mas tanto... ter a coragem.
A coragem que me falta. A que me abandonou e a que nunca tive. Juntas.
Preciso das duas. Para me erguer e caminhar... para me afastar. Sem nunca ter a tentação perigosa de olhar para trás. E correr, de volta ao que não quero, ao que me amarra e me amordaça.
Caminho aos tropeções, agarrada a um medo pequenino e discreto, que a espaços se agiganta.
Agarro-me a um muro e sento-me na berma do passeio. Daqui já só me levanto para me ir embora.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Sonho

O sonho é possível... é possível deixar de o ser... Será?
Agarro-me ao sonho e mantenho-me nele. Trato-o com carinho. Mimo-o. Dou-lhe colo e calor.
Mantenho-o sempre por perto. Bem perto... do coração.
Quando começa a esfumar-se fejo bem os olhos e aperto-o contra mim. Agarro-o à minha pele. Torno-me nele e ele em mim. Inseparáveis, unidos no sempre.
E não deixo que o sonho deixe de o ser. Este sonho sou eu.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Estás-me

Estás-me em mim. Entranhado em cada poro.
Estás-me no olhar. Estás-me no toque.
Estás-me muito no sentir, no estar.
Estás-me em mim. Entranhado em cada veia.
Corres-me no sangue.
Fazes-me o coração bater a uma qualquer outra velocidade que não conhecia.
E... estranhamente.... gosto... muito.