quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Que saudades

Que saudades tão grandes. Doiem muito.
Vejo as últimas fotos e sorrio.
Apetece-me abraçar-vos, num abraço eterno... que faça a a magia de parar o tempo. Nem que seja por breves segundos.
Fecho os olhos, encosto a cabeça no braço do sofá e sonho.

sábado, 27 de agosto de 2011

Ventos fortes

Um vento forte sacode-me por dentro e por fora. Obriga-me a fincar os pés no chão e revira-me a alma. Tento pô-la do outro aveso.
E torna-se tudo num ciclo, vivido em momentos. Agarro alguns deles e protejo-os dos ventos fortes, que sei que vão voltar. Voltam sempre. E sabem que eu cá estou.
Apanham-me distraida. Mas essa sou eu.
Apanham-me de coração livre. Mas essa sou eu.
Sonho a recompensa... que tem vindo em momentos. E agarro-a e protejo-a de todos os ventos fortes.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Falta-me...

Falta-me rodar o mundo com as estrelas na mão e contigo num rasto de luz.
Falta-me dizer-te que te vou lembrar para sempre e vou guardar as nossas saudades bem junto ao peito.
Falta-me tanto.
Falta-me reaprender a acreditar... a sorrir... a dançar descalça.
Falta-me resgatar o brilho dos meus olhos que guardaste em local inacessível.
Sonhos sentidos bem longe... impossiveis???

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Posso?

Posso fugir? Só por um bocadinho e volto já.
Abandonar-me por umas horas à minha sorte... e ver o que dá.
Sair de mim... pairar por alguns instantes.
O regresso está garantido. Não dá para se fugir para sempre.
Uns instantes bastam para repousar a alma.
Posso?


Tema para o desafio de Agosto da Fábrica das Letras - "Fugir"

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Home Alone

De repente, sem aviso prévio, sem razão aparente, sem explicações que realmente expliquem... sentaste-te no teu canto e saiste da minha vida.
Tentaste alguns retornos em vão. Eu tento a cada visita. Em vão. Luta inglória, coroada de pequenas glórias... destruídas despois a pontapé.
Em frente um do outro, com as saudades na palma das mãos, não conseguimos voltar.
Pelo caminho o vazio ocupou o seu lugar entre nós e por lá foi ficando. E minou esse espaço.
Até quando?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Regresso

Um regresso com regressos... Nunca há um só regresso. Regressa o corpo... a bagagem... parte do espirito.
Mas a alma, essa mantem-se errante. E viaja entre o cá e o lá. Vai regressando entre pontos de partida e de chegada. E só permanece onde eles estão... comigo.