terça-feira, 3 de junho de 2014

Nós cantamos à mesa


Quando eu achava que os grandes desafios da minha vida estavam na carreira profissional que escolhi desde muito cedo, nasceram-me dois filhos, com 5 anos de diferença. E aí eu tive, pela primeira vez, a noção do que é ter responsabilidades e ter desafios enormes. Mas acima de tudo soube finalmente o que é amar de forma incondicional.

Amor como este não há outro. Amam-se os sorrisos, as gracinhas, as conquistas quase diárias. Amam-se as traquinices e os primeiros disparates, as birras, os choros. Posso até estar exausta, mas este amor está cá sempre. Aprendi o que é doer quando eles esfolam os joelhos e o que é sofrer quando o coleguinha da escola os trata mal ou o primeiro namorado desilude. E aprendi o que é estar lá sempre, para abraçar e ser abraçada.

Estar na vida dos meus dois filhos é o maior desafio da minha vida. É uma conquista ao minuto. Uma aprendizagem sem limites. O que eu já cresci nestes quase 14 anos que sou mãe!!!...

Se eu podia não ter tido filhos? Podia, até ponderei isso. Mas não seria de todo a mesma coisa.


Lá em casa somos muitos. Dois adultos com Síndroma de Peter Pan, duas crianças (mas chegam a ser quatro), duas gatas, uma cadela e uma micro horta. Como aguentamos? Com muito riso e muitos disparates saudáveis pelo meio das coisas que já por si são e têm de ser sérias. Ah… e lá em casa pode cantar-se à mesa.