terça-feira, 17 de maio de 2011

xiuuuuuuuu!!!

Xiuuuuuuuuuuuu... Não digas nada. Limita-te a permanecer por aqui.
Voltámos de costas voltadas... para reaprender aquele amor. Lentamente. Permanecendo.
As palmas das mãos feridas, os pés em chamas e tudo o resto em pedaços.
Sim, talvez juntos...
Lentamente. Sem uma pressa apressadíssima, que os dias estão a acabar.
Ficámos assim... quietos... pele com pele. A respirar baixinho. Xiuuuuuuuuuuu... Não digo nada. Limito-me a permanecer por aqui.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

E afinal?...

E afinal tanto tempo para depois tudo se esvaziar em silêncios cortantes e eternas ausências.
Propósitos insanos juntam-nos... e afastam-nos.
Alguém, algures, nos manobra de forma preversa, sem dó das dores causadas.
Esticamos os braços o mais que podemos, mas já não nos alcançamos.
Está criado o pior de todos os vazios... o da falta de partilha partilhada.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Memórias das memórias

A memória é um ser vil, que nos atraiçoa. Faz-nos sonhar... faz-nos voar... e no final... nada foi bem assim.
Quando foi a última vez que me aconchegas-te a roupa na cama e me deste um beijo de boa noite? Não me lembro de nenhuma vez.
Quando brincas-te comigo de gatas no chão, entre as bonecas e os tachinhos ou os jogos de memória? Não sei, não me lembro.
Mas tenho tantas boas memórias de nós.
E no dia em que tudo passar... até a memória... irei agarrada às memórias de todos nós.

Luz

Será que ainda sei escrever? Se é que alguma vez o soube...
Meia dúzia de rabiscos no meio de uma solidão povoada de gentes. Vou deixando vidas pelo caminho, vou agarrando outras. Todas minhas... nenhuma verdadeiramente minha.
Até que se muda de luz... num dia de sol tempestuoso.