Porque tem de ser tudo tão difícil... tão doloroso?
Porque há de vir tudo carregado com uma dose de sofrimento?
Estou cansada de guerras de onde saio esfarrapada e com a alma esventrada.
Mesmo que vitoriosa, a dor vem sempre agarrada à minha pele, como se de mim fizesse parte.
A dor... uma segunda camada de mim mesma que teima em não me largar.
Olhos a cada dia mais baços pela tristeza do que me rodeia e de que me rodeio.
Os meus olhos interiores que veem cada vez mais fundo e mais longe. E carregam as dores das existências.
Finjo institivamente uma alegria que há muito não existe... procura-a indefinidamente... e um estar viva que cada vez mais se aproxima da morte.
Um esvaimento lento e prolongado, que me persegue de forma perguiçosa mas tenaz.
Um dia ficará somente um rasto de poeira...
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