segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Guerras

Porque tem de ser tudo tão difícil... tão doloroso?
Porque há de vir tudo carregado com uma dose de sofrimento?
Estou cansada de guerras de onde saio esfarrapada e com a alma esventrada.
Mesmo que vitoriosa, a dor vem sempre agarrada à minha pele, como se de mim fizesse parte.
A dor... uma segunda camada de mim mesma que teima em não me largar.
Olhos a cada dia mais baços pela tristeza do que me rodeia e de que me rodeio.
Os meus olhos interiores que veem cada vez mais fundo e mais longe. E carregam as dores das existências.
Finjo institivamente uma alegria que há muito não existe... procura-a indefinidamente... e um estar viva que cada vez mais se aproxima da morte.
Um esvaimento lento e prolongado, que me persegue de forma perguiçosa mas tenaz.
Um dia ficará somente um rasto de poeira...

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