sexta-feira, 24 de abril de 2009

Shiuuuuuu!!!!!!!!!

Percorro um vão de escada e sento-me no terceiro degrau a contar do nada... e poiso os pés três degraus acima... ou ao lado.
E páro o cérebro, só para ouvir os silêncios prolongados que surgem por todos os caminhos caminhados.
Silêncios de mares... no fundo de uma estrela do mar...
Silêncios de pedras... pisadas, andadas, corridas, atiradas...
Silêncios pelos silêncios... Silêncios mudos... Silêncios que gritam sem sons...
E nos silêncios oiço o tique-taque do cérebro que parei... e que borbulha pelo momento de voltar a rebolar-se na areia húmida de um qualquer início de dia quente.
Porque é no início dos dias bem quentes que se ouvem melhor os silêncios... com o ouvido encostado às pedras... com grãos de areia... e a água de um mar sem sal a invadir-nos os dedos dos pés.
Uma porta mágica para o infidável do infinito.
Shiuuuuu!!! Levanto os pés dos degraus... vai começar tudo outra vez.

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