domingo, 28 de abril de 2013

Maldito

Ahhhhhh maldito cérebro que pensa, que analisa, que torce e retorce a mais doce das realidades.
Maldito sejas que nunca me dás sossego... que me entornas as alegrias e as misturas nas amarguras passadas que teimas em puxar lá do fundo do boião das recordações. Dores empoeiradas a ganharem novas vidas.A espreguiçarem-se cá dentro, a tomarem conta do espaço que segundos antes estava reservado aos bons momentos.
Sim... numa questão de segundos... e tudo muda.
Ahhhhhh maldito cérebro em constante inquietude, num desassossego pleno e constante.
Maldito sejas que não me deixas parar... serenar. Que te unes à tua eterna aliada, a minha alma, para juntos me abanarem em forte violência... e virolência... para juntos me fazerem perder o pé. E eu? Eu, consciente de tudo, consciente de mim e da minha dimensão, a sentir cada músculo do meu corpo, vou. Simplesmente vou.
Juntem-se os dois de uma vez e abandonem-me à minha sorte. Deixem-me entrar numa apatia onde o lugar para o sofrimento seja invisível... e inaudível. Inexistente.
Deixem-me ali, tolhida a um canto. Até que possa renascer-me. Renovar-me...
Ahhhhh maldito cérebro!!!!!!!!

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