terça-feira, 4 de agosto de 2009

Procura(mo-nos)

Levanto uma pedra, e depois outra, e mais uma, e ainda aquela ali mais há frente. Afasto uns quantos arbustos. Desvios uns cortinados. Vejo debaixo do colchão. Viro a mala em cima da mesa e remexo em tudo.

Tento saber quem sou e acima de tudo o que sou.

Vejo-me e revejo-me ao espelho, em vários ângulos, qual narciso... espiolho-me da cabeça aos pés. E nada.

Tento que vejas quem eu sou... desesperadamente. Levo uma vida a tentar que vejam quem eu sou. E nada. Que angustia, que esforço inglório, que luta... perco as forças. E é aí, quando se perdem as forças, que está a resposta. É aí o fim do arco-íris. É aí que está o pote de ouro.

A cada misunderstanding é um passo atrás, um recuo, um fechar na concha. E aprendo a viver assim e deixo de querer que me conheçam, que me compreendam. Passo a fazer questão que não me conheçam. É ponto de honra... arrongante.

E compreendo que eu é que tenho de me compreender e aceitar. E passo a olhar para dentro, sem egoísmos finalmente, e a gostar do que vejo. Genuína... sempre.

"And I don't want the world to see me, Cause I don't think that they'd understand. When everything's made to be broken, I just want you to know who I am ", Iris, Goo Goo Dools

1 comentário:

  1. E a verdade é que, invariavelmente, acabaremos (acabarás tu e todos nós) por descobrir quem somos e que somos já, afinal, tudo aquilo que quisermos vir a ser.
    O resto são apenas dores. De crescimento.

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