segunda-feira, 22 de junho de 2009

Espinhos

Uma ligeira dor incomoda-lhe as costas... e essa dor aumenta, fina e penetrante atravessa-lhe o tronco e move-se cada vez com mais dificuldade.
E com medo não espreita. E com medo não toca.
Até que um enorme espelho a obriga a ver o espinho que tem cravado nas costas desde a eternidade.
Mas continua a não lhe mexer. Doi? Cada vez mais e mais. Mas aquela dor já a conhece por dentro e por fora. E a sua presença acaba por ser confortável de tão familiar.
E até a coragem vir assim será.
E quando a coragem veio, embalada pelos amores e desamores, arrancou finalmente a dor. E seguiu, diferente e indiferente às proximas dores.
Espinhos cravados nas costas que se enraizam e emaranham no corpo?!?!?

3 comentários:

  1. Há sempre "aquele" espinho, que faz toda a diferença... Aprende-se a coabitar com ele, e molda-nos para os vindouros. Eles que se cravem... As cicatrizes saram.

    ;)

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  2. Como sempre ouvi dizer cada um carrega a sua cruz, mas aos poucos a cruz vai-se tornando quase invísivel... bjs grandes amiga!

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  3. E que aprendamos a crescer entre os espinhos... e que aprendamos a viver com eles e entre eles. Porque eles existem.
    E que aprendamos a não nos tornar num espinho. :)

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