Movo um pé devagarinho e depois outro.
Pela ribanceira de ervas rolam minúsculas pedrinhas.
Tento não acordar o Mundo... não o incomodar.
Respira tão traquilo...
Mantenho-me imóvel a escutar.
O seu coração bate dentro da normalidade... uma normalidade dentro da sua imensidão.
Sento-me no chão de terra húmida, encosto-me a uma árvore.
E tento nunca adormecer... para ver tudo... sentir tudo e cheirar tudo.
Não posso perder aquele fio de água que corre ao meu lado, para mais à frente se transformar numa torrente imensa.
Não posso perder o som dos pássaros, das pequenas lagartichas que serprenteiam por aqui, das maçãs que caiem descompassadas da árvore a que me encostei.
Tudo ao seu ritmo, na sua lógica que pareço não compreender... mas aceito.
E quando aceito... com um sorriso, mas sem resignações... volto a respirar.
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