Leva-me para a cama.
Certifica-te que os lençóis são imaculadamente brancos e não têm um único vinco. Lisos, bem esticados. A debruar o lençol de cima uma renda antiga, a mesma que está nas almofadas, e que muito provavelmente foi desenhada por uma avó, à luz de uma vela antiga.
Deita-me devagar, não me acordes do entorpecimento doce que sinto. Deixa-me ficar assim, entre esta vida e a outra.
Vigia este meu sono de perto e aprende que tens de esperar que eu desperte. Com a paciência e a devoção de um mestre sábio de outros tempo, espera.
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