Sentada.
Muito direita.
Pés cruzados e mãos caídas no colo.
Abandonadas ali,
à sua sorte.
Ajeita, de vez em quando, o corpo,
que amolece de velho.
Ganha jeitos,
acolhe vícios.
E endireita-se num custo contido.
Só um ligeiro respirar prova a vivência deste ser.
Um respirar discreto.
Talvez assim ninguém note
que esta existência existe.
Sentada
Muito direita.
Espera.
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