quinta-feira, 28 de julho de 2011

Relógios

O relógio marca o companso... mesmo o digital. Numa era de autómatos cruéis que se movem cegos pelas ruas.
Procuro uma réstia de humanidade e lá vou encontrando a espaços. Um erva verde entre dois muros de betão, uma flor amarelinha no cimento e uma outra mais à frente, que finta os carros numa qualquer beira de estrada.
... um ser humano minúsculo que se engrandece e arrasta consigo uma pequena horda de cabeças pensantes... espécie em vias de extinção.
Um relógio gigantesco marca as horas, marca os ritmos... e ai de quem daí se desvia... ai de quem sai fora da linha... ai de que se humaniza.
É a escolha, a derradeira escolha... ali, na fila, aceite entre os demais... ou... eternamente só, numa luta desigual e sangrenta e eternamente perdida... para quem fica na linha.

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