segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Enquanto por aqui andar.

Demasiado apegada ao meu eu, volatilizo-me sem que ninguém me veja.
Procuro a minha terra.
Judeu errante?
Procuro um solo onde pertença, onde possa poisar os pés.  
E ultrapasso mais de meio da vida sem encontrar o meu pedaço de terra.
Começo a desapegar-me.
Devagar.
Sinto.
Até o meu pedaço de terra deixa de ter a mesma importância.
Talvez nunca o encontre.
Talvez não seja suposto que ele exista.
Talvez chegue que me emprestem um onde caiba... enquanto por aqui andar.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

WANTED...

PROCURAM-SE: amantes de livros para participar numa experiência. Comenta esta mensagem se quiseres participar e eu vou enviar-te uma mensagem privada com todos os detalhes. O que tens que fazer? Compra o teu livro favorito e envia-o para um estranho (eu indicar-te-ei um nome e endereço.) Só terás que enviar um livro para uma pessoa. O número de livros que receberás depende do número de participantes. Os livros que vão aparecer na tua porta são as histórias preferidas de outras pessoas. #SaveTheCulture #BookExchange
#2 Esta é a pessoa que me fez o desafio e para a qual deves enviar um bom livro (novo ou usado):Cristina oliveira 
#3 Este é o meu endereço que deves partilhar com os teus amigos para que me enviem os seus livros: Teresa,
(os endereços dou por MP)



terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Palavras

Quando dizemos muitas vezes uma palavra ela torna-se, somente, um amontoado de letras sem qualquer significado.
E eu sempre falei demais.
Repeti palavras que admirava,
palavras de que gostava,
palavras banais com anseios de estrelato.
Simples palavras.
Quantas e quantas vezes as palavras não me caíram da boca,
aos tropeções,
para se despenharem num chão cinzento.
Ali, amorfas, sem vida,
sem sentido.
E eu continuava a cuspi-las a um ritmo feroz.
Gostava de as ouvir saírem pela minha boca.
Gostavam do efeito que produziam em mim.
Bonitas palavras.
Sentidas.
Sofridas.
De alegrias vãs.
Bonitas palavras que ninguém apanhou.