Quando eu achava que os grandes desafios da minha vida
estavam na carreira profissional que escolhi desde muito cedo, nasceram-me dois
filhos, com 5 anos de diferença. E aí eu tive, pela primeira vez, a noção do
que é ter responsabilidades e ter desafios enormes. Mas acima de tudo soube
finalmente o que é amar de forma incondicional.
Amor como este não há outro. Amam-se os sorrisos, as
gracinhas, as conquistas quase diárias. Amam-se as traquinices e os primeiros
disparates, as birras, os choros. Posso até estar exausta, mas este amor está
cá sempre. Aprendi o que é doer quando eles esfolam os joelhos e o que é sofrer
quando o coleguinha da escola os trata mal ou o primeiro namorado desilude. E
aprendi o que é estar lá sempre, para abraçar e ser abraçada.
Estar na vida dos meus dois filhos é o maior desafio da
minha vida. É uma conquista ao minuto. Uma aprendizagem sem limites. O que eu
já cresci nestes quase 14 anos que sou mãe!!!...
Se eu podia não ter tido filhos? Podia, até ponderei isso.
Mas não seria de todo a mesma coisa.
Lá em casa somos muitos. Dois adultos com Síndroma de Peter
Pan, duas crianças (mas chegam a ser quatro), duas gatas, uma cadela e uma
micro horta. Como aguentamos? Com muito riso e muitos disparates saudáveis pelo
meio das coisas que já por si são e têm de ser sérias. Ah… e lá em casa pode
cantar-se à mesa.