Hoje... só hoje... apetece-me que chova... apetece-me comer castanhas assadas e cheirá-las.
Apetece-me passear debaixo do chapéu de chuva e sentar-me a ver o Tejo. E ali ficar... até lavar as mágoas que me restam.
"Não desnimes..."... "Não desanimes..."... "Não desanimes"... dizem-me. Eu tento. Eu luto. Eu penso com o copo meio cheio. Mas nem sempre o sinto.
Por vezes um cansaço de tudo abate-se sobre mim e parece que deixo de respirar. Baixo os braços, enrosco-me em mim e... e amanhã é outro dia.